segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

PROPRIOCEPÇÃO

Você sabe o que é propriocepção e para que serve?

A propriocepção é desenvolvida  de receptores articuçares, tendinosos e musculares através de experiências vividas pelo corpo humano. Quanto maior o número de experiências, maior a sua capacidade de adaptação aos estímulos externos sofridos pelo corpo. Essa propriedade do corpo serve para prevenir lesões, melhorar a sensibilidade tática, o equilíbrio e para sentir a posição do nosso corpo, como por exemplo, sentir que a perna está dobrada ou esticada, se o corpo está suspenso ou recostado.

Mas como é gerada a propriocepção?

Os responsáveis por este processo de percepção do movimento, posição articular, entre outros são pequenos órgãos especializados em internalizar informãções obtidas do meio externo ou enviar informações ao sistema nervoso central (SNC) sobre as relações do corpo com ele mesmo ou com o meio externo chamados receptores.
As informações enviadas ao SNC através dos receptores, determinará a resposta dada a cada estímulo externo sobre o corpo. A partir dessas informações o SNC equilibra as contrações musculares, ajusta posições e gera força muscular. 
Os receptores convergem diferentes formas de energia em informações ao SNC que responde a elas de forma que o corpo mantenha-se em equilíbrio constante através das informações recebidas sobre a posição articular, velocidade de movimento e força.

Nosso corpo possui diversos tipos de receptores:


Receptores articulares musculares e tendinosos: Responsáveis por detectar alterações na tensão e posição das estruturas nas quais estão localizados. Podem detectar o ângulo articular, a velocidade do movimento, a força de uma tração articular e de uma contração muscular.

Receptores Articulares: Os receptores articulares estão localizados nas capsulas e ligamentos articulares e são estimulados a enviar suas informações ao SNC a partir de sua deformação. Esses receptores estão divididos em tipos:

Tipo I: Localizados no interior da cápsula articular fornecem informações sobre as mudanças na posição articular. Sendo um mecanorreceptor estático e dinâmico, depende da posição, da pressão intra-articular e dos movimentos articulares para ser estimulado. Esses receptores possuem lenta adaptação apesar de alta sensibilidade, podendo ser ativados até mesmo pelo tato e pela pressão e com a articulação em repouso.

Tipo II: São mecanorreceptores dinâmicos encontrados nas cápsulas articulares que avisam  e informam sobre a velocidade do movimento. Possuem rápida adaptação mas ficam inativos durante o repouso, pois precisam de movimentos mecânicos rápidos e repetitivos para serem ativados.

Tipo III: São mecanorreceptores dinâmicos de adaptação lenta e são estimulados através de movimentos externos. São encontrados nos ligamentos e registram a real posição articular.

Tipo IV: Esses receptores de adaptação lenta encontrados nas cápsulas articulares, fornecem as informações sobre dor e são ativados pelas deformações mecânicas sofridas pelos tecidos articulares.

Receptores musculares: Encontrados nos músculos esqueléticos, são ativados pelo estiramento e encurtamento muscular. informam ao SNC sobre o comprimento do músculo e a velocidade do movimento. Detectam as modificações no comprimento das fibras musculares extrafusais pela contração, o que permite a gerãção dos reflexos necessários para manter a postura do corpo e a regulação das contrações dos músculos envolvidos nas atividades motoras.


Receptores Tendinosos: Esses receptores estão situados dentro dos tendões próximos aos pontos de fixação muscular. São responsáveis pela proteção dos músculos e estimulados através dos estiramentos tendinosos provocados pela contração muscular. Quando ocorre uma lesão muscular esses receptores sofrem alterações e podem causar desequilíbrios formando engramas sensoriais patológicos, memorizando o movimento lesivo.

Quando ocorrem distúrbios nesses receptores, engramas patológicos são formados podendo causar lesões permanentes e desequilíbrios no corpo todo. 
Exercícios proprioceptivos podem ajudar a reestabelecer o equilíbrio perdido e a formar um novo engrama sensorial evitando assim lesões repetitivas.

Drª Luciana Passos
Fisioterapeuta

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