Descrição

Diagnóstico
Em pacientes com histórico familiar, a doença de Huntington começa a ser diagnosticada através de sinais clínicos como movimentos involuntários acompanhados de distúrbios mentais como déficit cognitivo e alterações de personalidade.
Através da tomografia computadorizada e ressonância nuclear magnética é possível observar as alterações neuroanatômicas bem como a evolução das mesmas, sendo a atrofia do núcleo estriado (putâmen e caudado) característica principal para se sugerir o diagnóstico de doença de Huntington.
O teste genético é a melhor forma de se confirmar o diagnóstico de Huntington, porém este procedimento é complexo devido a implicações psicológicas, médicas, financeiras e éticas. O teste é indicado para pacientes que apresentam sintomas característicos tendo ou não história da doença na família. E para aqueles que não apresentam sintomas, mas que tenham portadores de Huntington na família e queiram saber se lhes foi herdado o gene.
Através da tomografia computadorizada e ressonância nuclear magnética é possível observar as alterações neuroanatômicas bem como a evolução das mesmas, sendo a atrofia do núcleo estriado (putâmen e caudado) característica principal para se sugerir o diagnóstico de doença de Huntington.
O teste genético é a melhor forma de se confirmar o diagnóstico de Huntington, porém este procedimento é complexo devido a implicações psicológicas, médicas, financeiras e éticas. O teste é indicado para pacientes que apresentam sintomas característicos tendo ou não história da doença na família. E para aqueles que não apresentam sintomas, mas que tenham portadores de Huntington na família e queiram saber se lhes foi herdado o gene.
Manifestações da doença
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A personagem de Remy Hadley uma das médicas da equipe de "House" conhecida como 13 tem a doeça de Huntington. |
O inicio da manifestação da doença, comumentemente ocorre por volta dos 35 anos, através de distúrbios psiquiátricos como depressão, manias, distúrbios compulsivos, ansiedade e irritabilidade. As alterações motoras podem iniciar-se com acatisia, contorções ou agitação excessiva e alterações de caligrafia. O paciente também pode começar a ter dificuldades nas atividades de vida diária como dirigir. À medida que a doença evolui, os sintomas podem evoluir para distonia, movimentos de “corea” que são movimentos rápidos e irregulares que podem ter baixa ou alta duração, como movimentos abruptos de contorções da cabeça, do pescoço, dos braços, das pernas e da face, e que podem levar a problemas de locomoção, comunicação e deglutição. Também são características sintomáticas dos pacientes com Huntington, distúrbios cognitivos como memória deficiente, pensamento lentos, dificuldades no julgamento, na habilidade de resolver problemas e questões do dia a dia, trabalho, pensamento lógico e na habilidade de lidar com mais de uma tarefa ao mesmo tempo. Na fase avançada, a doença pode apresentar-se na forma de distonia, bradicinesia e perda de peso.
Complicações secundárias
Devido as deficiências respiratórias e de locomoção, o paciente portador da doença pode evoluir para quadros de pneumomia causada pela disfagia, complicações causadas por quedas e traumas devido ao déficit de locomoção, infecções recorrentes de úlceras de decúbitos e desordens psiquiátricas como tentativa de suicídio.
Tratamento
A doença de Huntington ainda não tem cura definida, tampouco tratamento ou prevenção. Os tratamentos clínicos são realizados visando o controle e amenização dos sintomas.
Os sintomas psiquiátricos como depressão, ansiedade e transtornos psicóticos podem ser tratados através de medicamentos antidepressivos, ansiolíticos e antipsicóticos e com tratamento psicológico. Os sintomas motores como a coréia são tratados através de bloqueadores dopaminérgicos.
Tratamento fisioterapêutico
O tratamento fisioterapêutico, embasado na preservação dos movimentos e tentativa de retardar o aparecimento dos movimentos involuntários, rigidez, hipotonia, déficit de equilibro, diminuição de força, déficit cognitivo e problemas respiratórios, envolve a prática de atividade física envolvendo alongamento, fortalecimento muscular, coordenação motora equilíbrio e exercícios aeróbicos para a manutenção das funções cardiovasculares.
O tratamento precoce permite melhor evolução do tratamento visto que, com a evolução da doença, as quedas se tornam o principal agravante da doença e por isso devem se intensificar os mesmos exercícios da fase inicial e ainda possibilitar o treinamento das funções ainda preservadas.
Na fase avançada da doença o enfoque fisioterápico deve ser aplicado as atividades que retardem as complicações cognitivas e as alterações de movimento.
A fisioterapia auxilia no tratamento da Doença de Huntington por manter os pacientes ativos, promover adaptações que facilitem a locomoção, reduzir as complicações respiratórias e psiquiátricas, promover maior independência do paciente e melhor qualidade de vida.
A fisioterapia auxilia no tratamento da Doença de Huntington por manter os pacientes ativos, promover adaptações que facilitem a locomoção, reduzir as complicações respiratórias e psiquiátricas, promover maior independência do paciente e melhor qualidade de vida.
Drª Luciana Passos
Fisioterapeuta
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