Exercícios simples e fáceis de executar que podem trazer benefícios na prevenção e tratamento da incontinência urinária entre outras disfunções.
Quando falamos em fortalecimento muscular, pensamos logo em músculos como glúteo, bíceps, tríceps, abdome... mas você já pensou naqueles músculos que não estão tão visíveis assim e da importância de serem trabalhados também?
Pois então, os músculos do assoalho pélvico são músculos que necessitam de constante estimulo, visto que perdemos a tonicidade de nossos músculos todos os dias com o avançar da idade, mesmo que isso não seja muito aparente, está acontecendo no nosso corpo!
O assoalho pélvico é um conjunto de músculos responsáveis pela sustentação dos nossos órgãos da cavidade abdominal e pélvica e é responsável pela estabilidade da nossa coluna vertebral, sendo uma verdadeira "base" de apoio para essas estruturas.
Além do trabalho de estrutura e sustentação, os músculos e ligamentos que compõe o assoalho pélvico apresentam um papel dinâmico de contração e relaxamento sincronizados com atividades cotidianas como esforços físicos, tosse, espirros, auxiliando na continência urinária, além de atuar durante a atividade sexual e o trabalho de parto das mulheres.
E assim como em outros músculos do corpo, a musculatura do assoalho pélvico, sofre com o envelhecimento e traumas como gestação, parto, cirurgias, hormônios, como estrogênio liberado na menopausa, que contribuem para a perda de fibras musculares que leva à perda de tônus, capacidade de contração e o enfraquecimento da região. Tosse crônica, obesidade e exercícios de alto impacto, também aumentam a pressão do abdome sobre a pelve e sobre o assoalho pélvico podendo contribuir para sua disfunção.
A incontinência urinaria é a consequência mais frequente relacionada ao enfraquecimento do assoalho pélvico e também a mais limitante nas atividades sociais. A incontinência urinária por esforço é a mais comum e resulta na perda de urina ao tossir, espirrar, carregar peso, ou como resultado de algum esforço físico que resulta em maior pressão do abdômen sobre a pelve.
O enfraquecimento do assoalho pélvico também pode estar relacionado à incontinência fecal (perda involuntária de fezes), prolapsos genitais (abaulamento do períneo popularmente conhecido como bexiga caída), sensação de esvaziamento incompleto da bexiga após fazer xixi e a manifestações de insatisfação sexual.
As mulheres são mais atingidas nas disfunções do assoalho pélvico pois tem uma predisposição maior de enfraquecimento, tanto pela anatomia quanto pelas questões hormonais relacionadas à menopausa e o parto.
Exercícios específicos para a musculatura perineal ajudam a fortalecer o assoalho pélvico e trazem benefícios durante a gestação, parto e pós parto, otimizam a recuperação da gestante, previnem a incontinência urinaria e disfunções sexuais.
Quando aprendemos a controlar e fortalecer essa musculatura, tornamos ela mais forte e menos susceptível à esses efeitos adversos. A execução de exercícios de modo errado pode ocasionar danos à musculatura, por isso procure orientação de profissionais especializados em treinamento do assoalho pélvico.
Através de exercícios regulares, realizados com frequência e intensidade personalizadas para cada individuo, é possível recuperar e manter a saúde do assoalho pélvico com grandes benefícios para a saúde do corpo e impactos positivos na qualidade de vida.
Além dos exercícios, outros recursos podem ser empregados no fortalecimento da região como: eletroestimulação, biofeedback, uso de cones vaginais, pompoarismo e estimulação do nervo Tibial posterior, esse ultimo é muito aceito pelo público, por não ser invasivo. Mas deve ser aplicado por um profissional habilitado afim de evitar danos e estímulos errados.
Procure seu médico e fisioterapeuta antes de iniciar um tratamento.
Dra. Luciana Passos
Fisioterapeuta
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